Um spin-off da popular série Castlevania, Kid Dracula surge-nos como a sequela de um título, com o mesmo nome, lançado para a Famicom em 1990. 

O Kid Dracula do Game Boy, que não possui a mais apelativa das cover arts, é também ele um produto dos estúdios da Konami, chegando ao consumidor em 1993. 

Este é um jogo de plataformas onde o protagonista é não outro que Kid Dracula. 

O filho (que nada tem haver com Alucard) do popular senhor dos vampiros (normalmente o antagonista em Castlevania) é um tipo despreocupado que ao regressar ao seu castelo descobre que este foi tomado de assalto pelo demónio Garamoth (mais tarde, também ele um boss na série principal). 

Este último fez com que os outrora fiéis servos de Kid Dracula se virassem contra ele. 




Com apenas a Morte do seu lado, Kid Dracula deve lutar para recuperar aquilo que é seu por direito. Uma tarefa que se afigurará difícil para o jovem vampiro uma vez que a maioria dos seus poderes por e simplesmente não está disponível. 

Um herói de fraca memória, Kid Dracula esqueceu grande parte dos feitiços que lhe permitiam aceder às suas habilidades. As únicas excepções são a sua bola de fogo e a transformação em morcego. 

Esta última permite a Kid voar durante cinco segundos e com isso alcançar áreas que não conseguiria na sua forma regular. 


 


As referidas bolas de fogo, por sua vez, funcionam como a única forma de ataque à nossa disposição no jogo. 

Da mesma maneira que em jogos como Megaman e Metroid, também aqui é possível lançar uma bola de fogo mais forte, ao manter-se pressionado o botão de disparo. 

Novas habilidades poderão ser desbloqueadas à medida que o jogo avança, o que tornará a nossa personagem mais forte e versátil. 

A barra de energia de Kid é representada por corações que podem ser encontrados espalhados pelos níveis, resgatados de adversários derrotados ou comprados na loja.


 


Esta, presidida por uma bruxa, permitirá ao jogador comprar vidas, para além dos já referidos corações, através do uso de moedas que podem ser obtidas durante os níveis. 

Os níveis propriamente ditos não são de todo longos, estando ainda assim repletos de plataformas para saltar, escadas a subir e inimigos clássicos a derrotar, como é o caso dos morcegos, dos cavaleiros e dos zombies. 

Dividindo-se em pequenas secções, os níveis em Kid Dracula terminam com a típica batalha com um boss. 

Com música própria, os bosses estão em perfeita sintonia com o resto do jogo, apresentando-se como representações hilariantes e chibi de típicos antagonistas de Castlevania e não só (Kid Dracula degladia-se contra uma gigantesca galinha e os seus rebentos, um alien, Jason Voorhees, entre outros). 


 


Todos eles têm o seu próprio padrão de ataque e em algumas ocasiões são mesmo mais que um, como é o caso dos três fantasmas no primeiro nível. 

Kid Dracula tem um conjunto fascinante de níveis que não poderiam ser mais variados, desde o familiar castelo e torre do relógio, até ao barco voador e ... pasme-se ... nave alienígena. 

A juntar a tudo isso temos os múltiplos níveis bónus disponibilizados no final de cada nível. Estes consistem num jogo reminiscente de Fire (da velhinha Game&Watch) onde temos que apanhar o maior número de morcegos, no girar da roleta russa ou em espetar espadas num barril, procurando não acertar no esqueleto no seu anterior. 


 


Com gráficos bastante agradáveis, sprites enormes, uma batida que fica no ouvido e controlos assertivos, Kid Dracula é um dos dez melhores jogos de plataformas da primeira portátil da Nintendo. 

Um jogo fantástico para ser jogado na época festiva do Halloween e não só.