Após uma traumatizante estadia em Apokolips, onde foi corrompida por Darkseid e forçada a lutar contra o primo, Superman, Kara é trazida de volta à Terra onde assume a identidade de Supergirl, desejosa por começar uma nova vida no planeta que adoptou como casa após a destruição de Krypton. 

Como parte da praxe, Kara irá apresentar-se à restante comunidade heróica, procurando encontrar o seu próprio espaço na mesma. 

Contudo, tal apresentação irá revelar-se tudo menos pacífica. 

Nas páginas de Supergirl #1 (Vol 5, de 2005) Kara encontra a JSA, cujos membros estavam engalfinhados numa intensa luta contra o vilão Solomon Grundy. 

Inicialmente uma mera espectadora, Kara decide interferir quando vê que os poderes da integrante mais poderosa do grupo, a igualmente kryptoniana Power Girl, estão a falhar. 

Com um potente soco, Kara logra em conseguir aquilo que todos os presentes haviam falhado em fazer e derruba Grundy. 

O que se segue não poderia ser mais estranho. 

A enfraquecida Power Girl não só recupera a sua força como fica insana após apertar a mão da Supergirl e ataca esta com uma ferocidade terrível. 


 


Ambas são separadas pelo Green Lantern (Alan Scott), com Mister Terrific a explicar que devido às semelhanças entre as duas, elas por e simplesmente não podem estar próximas uma da outra. 

É como se a mesma pessoa estivesse a tentar ocupar o mesmo espaço*

Perante a iminência de voltar a estar sujeita a exames médicos, Power Girl abandona o local, o que faz Kara seguir-lhe o exemplo, desiludida por um encontro que apenas serviu para a alienar.





Procurando conforto e rostos familiares, Kara segue para Smallvile, mais concretamente para a quinta dos Kent. 

Será lá que ela se irá deparar com Kon-El, a.k.a Superboy. 

O encontro entre ambos que tem lugar em Supergirl #2 não corre nada bem. 

Embora Kara nada mais quisesse que amizade, Kon irá responder de forma bastante hostil, julgando que ela estava em Smallvile para o forçar a ser um herói novamente**

Sem querer ouvir as explicações de Kara e excessivamente agressivo para com ela, Kon irá forçar a nossa heroína a combate-lo. 

Dona de uma força brutal, Kara irá golpear Kon com tanta força que lhe deslocará a mandíbula. 

A contenda parecia encerrada não fosse a chegada dos Teen Titans, o grupo ao qual pertencia Kon.


 


Estes desconfiavam das intenções de Kara e não hesitaram em atacá-la. 

Kon é imobilizado pelo Beast Boy, enquanto os restantes Titans enfrentam a Supergirl. 

A rapariga de aço depressa revela ser poderosa demais para os jovens heróis. 

A sua raiva sobrecarrega o lasso da Wonder Girl, ao passo que o negro da sua alma faz o mesmo com a Raven. 

A luta finalmente acaba com a chegada da Starfire que recruta Kara para fazer um test-drive junto dos Outsiders. 


 


A formação dos Outsiders é liderada por Nightwing, o antigo parceiro do Batman, que testa Kara em combate, tentando perceber os limites da jovem kryptoniana (em Supergirl #3). 

Kara, mesmo sob o efeito de kryptonite, derrota Lightning e Rose, duas das integrantes da equipa. 

Procurando provar o seu valor junto de Nightwing (pelo qual havia ficado apaixonada), Kara decide enfrentar sozinha o perigoso Lex Luthor. 

A sua acção precipitada vai fazer com que Starfire seja ferida pelo vilão e que a própria Kara seja brutalmente espancada. 


 


Com uma armadura desenvolvida em Apokolips e com acesso a todos os tipos de kryptonite, Lex aparentemente fere mortalmente a nossa heroína ao expo-la a krytonite negra (Supergirl #4), quando esta falha em responder às perguntas do vilão acerca do paradeiro de Darkseid (que o Superman havia prendido na Source Wall). 

Contudo, este não é o fim de Kara. 

Do corpo inerte da nossa heroína emerge uma outra Kara, com uma variante negra e prateada do seu icónico uniforme. 

A Dark Supergirl, que em muito lembra o Kryton Man de 1990, mostra-se mais impiedosa que a Supergirl normal e rapidamente neutraliza a armadura de Lex (Supergirl #5). 

Temendo pela sua vida, o vilão tenta escapar, numa fuga que o leva até à Watchtower, a base lunar da JLA. 


 


Tal acção atrai a atenção da JLA, cujos membros são atacados pela Dark Supergirl. 

Esta não tem dificuldade em lidar com a JLA, usando força bruta para derrubar o Hawkman e a Black Canary, rapidez para roubar o anel de John Stewart e astúcia para enganar Wally West. 

Dark, cuja atenção já se havia desviado de Luthor (este fugiu aproveitando a confusão) estava prestes a matar o Martian Manhunter, não fosse a intervenção inesperada da Supergirl normal. 

A batalha entre ambas é violenta e culmina numa queda nas águas de Gotham. 


 


Lá o duo é brindado com a presença da trindade (Supergirl #5) que sem saber qual é a verdadeira Kara (Dark trocou o uniforme de ambas usando super velocidade) ataca ambas. 

O Superman e a Wonder Woman conseguem imobilizar as duas Karas tempo o suficiente para Diana usar o seu lasso no duo e fundi-las numa só. 

A Supergirl normal é restaurada, com a sua personna mais negra a desvanecer-se.



*Nota: Sem nenhum dos intervenientes saber, a Power Girl era na verdade uma versão alternativa mais velha da Supergirl, proveniente do velho multiverso pré-crise.

**Nota: Kon tinha-se exilado depois de ter atacado os Teen Titans sob o controlo mental de Lex Luthor.