Os Eternals são um off-shoot da Humanidade. 

Produto das manipulações genéticas da raça de deuses cósmicos conhecidos como Celestials (nomeadamente Ziran, The Tester), os Eternals, a.k.a Homo Imortalis, eram muito mais poderosos e duráveis que os seus primos humanos, embora existissem em menor número. 

Para além dos Eternals, outra raça que iria emergir dos experimentos dos Celestials seriam os Deviants. 

De longe mais numerosos que humanos e Eternals combinados, os Deviants, cuja aparência era grotesca, tinha a capacidade inapta de evoluir com o planeta, adaptando-se ao mesmo. 

Nos primórdios da história da Terra seriam eles os senhores do globo, escravizando grande parte da Humanidade e travando épicas batalhas com os Eternals. 

Eventualmente, o reinado dos Deviants irá chegar ao fim quando estes tentam destruir uma expedição celestial e vêem as suas cidades afundadas em resposta a este mesmo acto (como foi o caso da Lemúria).

Com o seu reino devastado, os Deviants vão resguardar-se no subsolo do planeta, deixando a superfície para ser conquistada e colonizada pela Humanidade, agora liberta do seu jugo inumano. 

Os Eternals por sua vez vão  continuar a servir no seu papel de protectores da Humanidade. 


 



Contudo, e com menos Deviants com quem combaterem, os Eternals irão virar as suas atenções para si mesmos. 

Estala uma sangrenta guerra civil pelo domínio de Titanos*.

Kronos e Oceanus, líderes de uma das facções, derrotam o grupo de Eternals chefiado pelo brutal Uranus. 

O duo decreta o exílio do seu cruel irmão e dos seus seguidores para o espaço, estabelecendo uma nova era verdadeira utópica, onde a ciência e a tolerância florescem. 

Enquanto que Uranus vagueia pelo universo, eventualmente estabelecendo-se num planeta que receberia o seu nome, Kronos diverte-se a estudar as energias cósmicas que deram origem à sua raça. 


 


Contudo, Kronos levará as suas experiências longe demais e sem querer provoca uma violenta explosão que devasta-lhe o corpo, fazendo-o ascender ao estatuto de divindade cósmica. 

Simultaneamente a energia cósmica liberta  irá arrasar com Titanos e alterar ainda mais a estrutura genética dos Eternals, tornando-os  mais poderosos, ao ponto de serem agora capazes de criarem a Uni-Mind, que é nada mais, nada menos do que a união física (e temporária) de todos os Eternals numa única entidade capaz de rivalizar com o poder de Galactus.

Com Kronos dado como morto, a liderança dos Eternals vê-se repartida por dois dos seus filhos. 

De um lado temos o contemplativo e pacífico A'lars e do outro o combativo e severo Zuras. 

Temendo uma nova guerra civil, A'lars abdica dos seus direitos em favor de Zuras** e este faz o que o pai de ambos já havia feito milénios atrás com Uranus. 

Bane o irmão para o espaço sideral.

A'lars vagueia pelas estrelas até se deparar com as ruínas de uma civilização há muito perdida numa das luas de Saturno***

Em Titan, A'lars depara-se com uma única sobrevivente, a Skrull Sui San.

É junto com esta que o Eternal exilado cria uma nova comunidade feita à imagem de Kronos. 

Assumindo a identidade de Mentor, A'lars terá dois filhos: Starfox e Thanos. 

Thanos é muito diferente do resto da sua família (que incluía Kazantra, a concubina do pai) pois sofria de uma condição conhecida entre os Eternals como síndroma de deviante. 

A sua aparência assemelhava-se mais à de um Deviant do que à de um Eternal como resultado disso mesmo.

No entanto, as diferenças para o resto dos habitantes de Titan não se ficava apenas pelo aspecto físico. 

A mente de Thanos era também mais negra que a dos outros Eternals. 

Adorador da representação cósmica da Morte, Thanos irá sacrificar a sua própria mãe, antes de liderar uma revolta contra Mentor, introduzindo guerra e armas numa comunidade onde ela há muito não existia. 


 


Derrotado e naquilo que já se estava a tornar numa tradição familiar, Thanos seria expulso de Titan. 

Contudo, ao contrário de Uranus e A'lars, Thanos regressará do seu exílio, mais forte e perigoso, conquistando Titan e matando grande parte dos Eternals que se lhe opuseram. 

Titan apenas seria liberta do jugo daquele que seria conhecido como Mad Titan graças à combinação de forças entre Mentor, Starfox e o Captain Marvel (Mar-Vell). 

Kronos, o avó de Thanos, agora uma entidade cósmica, vai tentar colocar um ponto-final nas ambições sombrias do neto, ressuscitando um mortal e energizando-o com parte da sua energia. 


 


Nasce assim um dos mais insistentes inimigos do Mad Titan, o determinado Drax The Destroyer. 

Também Mentor irá adoptar uma rapariga terrestre (filha do homem que se tornaria Drax) e treiná-la para ser a guerreira telepática conhecida como Moondragon, na esperança que também ela detivesse o Mad Titan.





Tanto Drax, como Moondragon irão defrontar Thanos inúmeras vezes, na companhia dos seus maiores adversários (Captain Marvel, Adam Warlock e o Silver Surfer) ou mesmo sozinhos.


 


Após essa primeira derrota, Thanos regressaria a Titan algumas vezes, mas nunca mais conquistaria a pequena lua de Saturno, tornando como sua base de operações principal a gigantesca nave conhecida como Sanctuary (vista pela primeira vez nas páginas de Warlock #10, Vol 1, de 1975) e mais tarde a lua conhecida como Black Quadrant. 

O contacto de Thanos com outros Eternals que não os da sua família será mínimo com o vilão a usar alguns como servos e a ter outros como oponentes.

A jeito de conclusão convêm salientar que nesta altura a noção de Eternals e Deuses Gregos se confundia. Zuras foi inicialmente apresentado como sendo Zeus e o Olimpo como a casa dos Eternals. Retcons posteriores iriam distanciar ambos os grupos. 
 





*Nota: Esta é a capital ancestral dos Eternals.

**Nota: Zuras odiava o facto do seu irmão A'lars ser um pacifista.

***Nota: A civilização devastada que A'lars encontra em Titan é na verdade os vestígios de uma das comunidades de Eternals estabelecida por Uranus. A mesma iria servir de base para um ataque à Terra, não tivessem Uranus e os seus seguidores sido mortos pelo Dragon of the Moon (um dos maiores vilões dos Defenders).